Mulher preta
Mulher branca
Mulher multicolorida
Arco íris
Alma franca
Sofrimento para uma vida
Ao trabalho
de manhã
Já de cria despachada
Pela noite
Em terra chã
Já co'a mesa preparada
Sinta eu a tua dor
A ver se ainda sai amor
Mesmo em vasto desassossego
Peito ao filho, ventre ao homem
Que em teu corpo ambos comem
E procuram aconchego
Erga-se, pois, em riste
O punho dessa alma triste
E alcance a plenitude
dessa tua fêmea condição
Que muito mais do que prisão
É fonte de toda a virtude
Assume-te grande ó mulher
Que a tua valoração
Não é quando homem quer,
É a emancipação
Baila quando tu quiseres
Vai à festa, vai à luta
E persegue a felicidade
Ocupa o teu espaço
Sejas casta, sejas puta
Domina a eternidade
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