sábado, 29 de junho de 2013

Viagem ao princípio do mundo, Pedro Macau


Há uns anos, não muitos, vi este filme de Manoel de Oliveira na RTP2 e fiquei sempre com ganas de percorrer esta estrada (o Minho tem este estranho efeito em mim). Viagem ao início do mundo retrata o regresso a trabalho de um realizador Francês, filho de emigrantes Portugueses, à sua terra natal cuja delimitação se vai apresentando de Valença a Melgaço ou Monção. A determinada altura, o elenco passa por uma zona em que o protagonista recordava uma estatueta numa casa à beira da estrada cujo nome, não sei porquê, se me ficou como "Zé do Pau". Pois não era... Era Pedro Macau e hoje descobri tudo. 
Fica a promessa de por lá passar, quem sabe não já mas um dia mais tarde com a Valentina pelo seu pé!

No vídeo abaixo a partir dos 3:15min:



"Eu sou o Pedro Macau,
E às costas tenho um pau,
E vejo de riba do portal,
Passar por aqui muito galego,
Uns de focinho branco,
Outros, de focinho negro.
E todos vêm meu mal
Ninguem me tira deste degredo.

Nem Don Alcaide das Nieves,
Que por ser um bom rapaz,
Só queimado em água rás
Anda de Penedo em penedo,
A tremer cheio de baba,
Como burra de Don Braz,
À espera de cevada."

"Ó Macau lobo-cerval,
Anda ver o teu retrato
aqui em riba do portal!
Tens a cara dum mulato
E, sendo assim tão guapo,
anda à porreira, anda cá,
Comeste por rã um sapo.
Anda à Porreira anda cá,
Vem que aqui também os há.
Anda ver biltre se gostas.
(Joelho em terra, à caçador)
De levar a trave às costas
Como o mais vil malfeitor!
E aqui em Riba de Mouro,
Estás preso e bem seguro!"
— Francisco Luís Barreiros

sábado, 15 de junho de 2013

sons de sempre


Por vezes, cá por casa, voltam a ouvir-se os sons que nos fazem sentir bem...



Te echo de menos, le digo al aire
te busco, te pienso, te siento y siento
que como tú no habrá nadie
y aquí te espero, con mi cajita de la vida
cansada, a oscuras, con miedo
y este frío, nadie me lo quita.

Tengo razones, para buscarte
tengo necesidad de verte, de oírte, de hablarte.
Tengo razones, para esperarte
porque no creo que haya en el mundo nadie más a quien ame.
Tengo razones, razones de sobra
para pedirle al viento que vuelvas
aunque sea como una sombra.
Tengo razones, para no quererte olvidar
porque el trocito de felicidad fuiste tú quien me lo dio a probar.

El aire huele a ti. Mi casa se cae porque no estás aquí.
Mis sábanas, mi pelo, mi ropa te buscan a ti.
Mis pies son como de cartón
que voy arrastrando por cada rincón.
Mi cama se hace fría y gigante
y en ella me pierdo yo.
Mi casa se vuelve a caer,
mis flores se mueren de pena,
mis lagrimas son charquitos
que caen a mis pies.
Te mando besos de agua
que hagan un hueco en tu calma,
te mando besos de agua
pa' que bañen tu cuerpo y tu alma.
Te mando besos de agua
para que curen tus heridas,
te mando besos de agua
de esos con los que tanto te reías.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quando a noite já ia serena

Nenhum outro escreve tão bem aquilo que me apetece dizer e não sei!!!
Sebastião Antunes, quem mais?