terça-feira, 4 de outubro de 2011

decrementum


Estar só não é viver...
é pausar o sentimento.
é escrever sem o verbo ter,
é estar triste e sedento...
iminente no amor,
na dor,
e na ilusão...
efectivo criador
de sonhos
tamanhos
e da alma, a abcisão!

estar só não é morrer...
é prolongar a ferida
mortal 
sofrida
e pensar que jamais
possa vir o momento
morte ou advento
que acabe com o tempo
envolvido na dor
de viver tão triste
de viver sem amor!

José Eduardo


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