Aqui me tens... A mim, por inteiro, como naquele dia, o primeiro. Chamo por ti, porque não vens? É a tua alma que chora? Logo agora que estou aqui!
Sim, bem sei... é difícil perdoar, esquecer, aceitar todo o mal que te dei e eu, que fugi e errei, tenho agora a desfaçatez de voltar.
Não e justo, por certo ter assim, esta alma errante, fugidia, viajante, e vir agora (qual Madalena) arrependido, exigir-te por perto. Olha, sou assim, despudorado e de consciência pequena.
Aproveito portanto este momento de sensatez, esta ausência de mesquinhez, para te pedir, sem pranto que me negues, de futuro, o perdão e jamais estendas a mão a mim, que te tirei tanto.
Deixa-me sofrer, obriga-me a tal, devolve-me esse mal, faz-me chorar e desejar morrer. Pois só assim, sentindo-o em mim, aprenderei, quem sabe, a amar.
O reconhecer é um passo gigantesco. Apesar disso talvez a pessoa em questão tenha perdoado antes mesmo que qualquer outro se apercebesse...se recordasse....sentisse! E. M.
5 comentários:
So much Perfect!
Muito bem escrito....fabuloso!
Um dia todos devemos aprender a amar! Mas nao sei se é possivel se permitir tanto!
Muito bom!
O reconhecer é um passo gigantesco. Apesar disso talvez a pessoa em questão tenha perdoado antes mesmo que qualquer outro se apercebesse...se recordasse....sentisse!
E. M.
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