Deixa-me viver...
Não queiras governar a minha mente e o meu olhar.
Mantém-te a meu lado, sim, sem perturbar
tenta não me interromper,
e permite-me, sempre, voar!
Não, não me prendas...
Não vês que isso é egoismo teu?
Por favor, deixa-me ser mais eu...
deixa-me navegar o oceano das palavras, das histórias, das lendas,
este mundo só e tão meu!
Porra, não consigo...
Não sei libertar-me desta teia
terás de ser tu a permiti-lo, devolve-me aquela vida tão cheia...
Sim, podes vir comigo,
sempre abrilhantas esta minha figura, decadente e feia!
Apesar disso, prefiro ter-te assim
gosto da tua formosura
e dependo dessa tua doçura
desse teu doce aroma a jasmim
dessa frescura
que me orienta nos dias sem fim.
Já não sei o que quero
sei apenas que espero
de ti, sempre uma ajuda
a palavra muda...
faz-me feliz sem questionar
sem opinar
mas...
Continua a governar
a minha vida, o meu pensar
sem que eu saiba
sem que note
que és tu quem rema este bote
que nos leva até ao mar!
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