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Tempos houve em que repudiava o mar. Não que o não admirasse como qualquer outro mas talvez por isso, por o admirar efectivamente e acabar por temer... Nesse tempo, em que o contacto com tal imensidão era disperso e voluntário, acabava sempre por evitar olhá-lo demoradamente. Tal grandeza inundava o meu pensamento e os cenários mais devastadores se apoderavam da minha consciência!
Hoje a história é outra. Não sei se por tanta demonstração de respeito, o mar, após denotação de convivência passiva quotidiana, permitiu que me aproximasse e convidou-me até à envolvência consigo. O mar gosta que gostem de si e, talvez por isso, abriu-se para mim e passou a esperar por mim todos os dias à hora inconscientemente marcada. Sempre sorri este mar ao ver-me chegar. Agora permite até que guarde pequenos pedaços de si, momentos que ele próprio me confidenciou querer recordar adiante. Eu sou amigo do mar, e ele sabe disso...
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José Eduardo
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1 comentário:
adoro o ceu!
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