quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

sede...


Spa Flute Music with Water Sound by Musica Reiki on Grooveshark


Sede de água ou... de poder. estados momentâneos apenas sossegados pela consumação da posse mas, efémera é esta mesma satisfação!
sede de poder ou... de água. dizimada ao primeiro trago e rapidamente esquecida por sobreposição da ideia de alcance do  patamar acima, onde cuja sede será maior!

Porque não contentarmo-nos com o tangível?
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Márcia e JP Simões...

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a pele que há em mim...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Antigamente, em 2011

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Fernando Alves fez uns Sinais especiais para o Fórum TSF de hoje:
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Feliz Natal

O Come All Ye Faithful by Jackie Evancho on Grooveshark



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Infectious Happiness of the Day

De repente, numa composição do metro de Berlim, uma passageira desata a rir, aparentemente por algo que viu ou leu no seu smatphone... Em muito pouco tempo toda a carruagem está a rir a bandeiras despregadas sem sequer saber porquê... Quem não deve ter achado piada alguma deve ter sido o passageiro que entra a meio. Um pouco que presunçosamente, parece achar que todos se riem dele!
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de ouro


O Ti Joaquim e a Tia Rosa, meus queridos Pais, festejaram ontem cinquenta anos de casados... houve festa, risos, abraços, lágrimas, etc... eu também contribuí:

Há sempre um dia
um momento na vida em que
ainda que nos sintamos crianças
acabamos por perceber
que o tempo passa
que nos leva com ele
e nos enche de lembranças…

é então aí,
nesse dia
momento irritante
nesse mesmo instante
De confrontação com o real
que nos assoma o capital
de vivências passadas
e olhamos
e sorrimos
e choramos
e admitimos que
se lembramos
é porque sentimos
porque vivemos
porque vós:
Mãe,
Pai
Vos destes a nós…

Foi há cinquenta anos…
Eu não me lembro.
Foi pelos vistos, em Dezembro…
Que o rapaz pobre,
o Joaquim
Coração nobre, nada ruim
Arrebatou o coração de Rosa
Por versos ou prosa
Lá a levou ao altar
O que não imaginavam aí
Era que de lá até aqui
Nove filhos teriam para criar…

Mãe… Rosa…
Mãe… minha Mãe
Nossa Mãe,
Sabes…
Hoje pus-me a pensar
E quando dei por mim
Era de novo gaiato
Nada pacato
mas voltei a sentir
como se estivesses ali e retrocedêssemos no tempo
que me limpavas a cara suja na circunstância
com as pontas dos dedos untadas em saliva
e caminhávamos ambos ao som do vento
na nossa tosca elegância
íamos ao campo
a masseiras ou ao Suzano
fosse eu ou qualquer mano
tu eras só vaidade
com os filhos em redor
alimentados a amor
criados na verdade
na tolerância
na adversidade
sem abundância…
a não ser de amor e carinho…
Trabalho e pés ao caminho!

Pai… Joaquim…
Pai… meu Pai
Nosso Pai.
Sabes…
Ainda hoje há sentidos que guardo
Dos tempos de outrora
Quando todos nós,
Desde o Berto à Aurora
Te esperávamos na estrada
Ao fim da jornada
E aquele pedaço de broa
que no baú trazias de volta
era por todos disputado
e não era por certo à toa
que o não tinhas devorado
na hora da merenda
e o trazias no baú
como uma prenda.
Sabes Pai…
Por mais distante que pareça
Ainda hoje me lembro
De como punhas na cabeça
A boina, ao mais pequeno!

Mãe… Pai…
Rosa… Joaquim…
Nossos Pais,
Nossos queridos Pais.
Cinquenta anos metidos no bolso…
Cinquenta anos honrados hoje por nós,
Os vossos filhos e, vocês sabem
Não só os que cá estão…
A festa hoje é para vós
Pois assumimos aqui que jamais
Conhecereis a solidão
Cinquenta anos de uma vida que construístes
Que educastes,
Que conduzistes…
E onde nada mais interessa
Para lá da felicidade
Da justiça
Da verdade…

Parabéns Mãe
Parabéns Pai
Parabéns a vocês…
E obrigado!
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

um mundo na mão

Sul, Norte, Campo, Cidade by Sérgio Godinho on Grooveshark

o mar,
a igreja, 
a destilaria...
e o farol.
um mundo inteiro!
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sempre ausente, por António Variações.

No YouTube há um comentário que merece honras de reprodução aqui:

"Um grandioso hino para todos os que recusam a mediocridade de não terem personalidade própria. Malucos são os alienados que se limitam a nadar na corrente como cagalhões num esgoto."


Diz-me que solidão é essa

Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo


Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas para quem quer que seja
Ou pensas que não existes
Ninguém que te veja
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

Uhhhhh...
Uhhhhh...

Lá vai o maluco
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente
Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

Diz-me que loucura é essa
Que te veste de fantasia
Diz-me que te liberta
Que vida fazias

Diz-me que distância é essa
Que levas no teu olhar
Que ânsia e que pressa
Tu queres alcançar
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Uhhhhh...
Uhhhhh...

Lá vai o maluco
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente


Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

Mas eu estou sempre ausente e não conseguem alcançar
Não conseguem alcançar




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domingo, 4 de dezembro de 2011

Sebastião Antunes - Sabes, eu também!

Ainda que teime em achar-me a eterna criança, há momentos e passagens da vida que nos obrigam a bater com o nariz na parede do tempo. Numa de honra a este senhor poeta e cantor, dei por mim a lembrar o tempo que o ouvia gritar carambas à filha do carpinteiro e gelo ao constatar os vinte anos decorridos deste então!!! Bom, nada que uma sacudidela de ombros não espalhe e logo me dou por conta a agradecer a passagem dos anos só para chegar a isto... Há canções que eu gostava de ter escrito... esta é uma delas:


Sabes tu também by Sebastião Antunes on Grooveshark


Estava difícil combinar um café, mas desta vez lá foi
Talvez possamos falar do que já lá vai que as vezes ainda dói
Da coragem esquecida que já se perdeu
quem deixou por dizer foste tu ou fui eu
da lembrança guardada num canto qualquer
da palavra apagada por não se entender
e dizer-te num gesto mais enternecido
Sabes, eu também ando um bocado perdido.

Vou preparar-te um jantar, concerteza vou ser original
E vou escolher-te um bom vinho. Tu sabes, nunca me saí mal
Vou falar-te das voltas que a vida trocou
Das verdades que o tempo já entrelaçou
Entre sonhos queimados lançados ao vento
Entre a cor de um sorriso e o tom de um lamento
E dizer-te de um sopro empurrado pela sorte
Sabes, eu também ando um bocado sem norte

Olha, não fiz sobremesa. Deixa lá, fica para a outra vez
Vamos deixar mais um copo a falar dos quês e dos porquês
Uma historia que nos apeteça lembrar
Um episódio que nunca nos deu para contar
Um segredo guardado p’lo cair do pano
Um encontro marcado no cais do engano
E dizer-te na hora em que a voz fraquejar
Sabes, eu também me apetece chorar

E vou chamar um táxi. É hora p’ra te levar a casa
Era suposto um de nos nesta altura ficar com a alma em brasa
Mas a vida é assim, não aconteceu
Pouco importa dizer, foste tu ou fui eu
O que importa é o abraço que estava por dar
Há-de haver uma próxima e mais um jantar e
E dizer-te a sorrir já passa das três
Dorme bem, quem sabe … um dia talvez.