sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

lisitsa

Valentina Lisitsa é uma pianista clássica Ucraniana, nascida em Kiev em 1973. Valentina vive actualmente na Carolina do Norte, EUA e é casada com Alexei Kuznetsoff, que é também pianista e seu parceiro em vários duetos.
 
Este é o parágrafo de entrada na página da wikipédia que lhe é dedicada. Muito pouco para tanto talento. Não vou acrescentar nada, ou melhor, acrescento tudo com este recital de quase quatro horas cuja performance foi oferecida aos poucos presentes no passado mês de Novembro, em Colónia, Alemanha.
 

...


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

no ouvido...

little lost boat

O Barquinho by Nara Leão on Grooveshark

alí parado, para nada! é motivo de foto, com certeza mas... o que ele queria era subir rio acima como os rabelos que tanto inveja. Ah se ele pudesse!!! Cada metro de maré seria como leito de cama profundamente perscrutado em largo sono de sonhos leves... tão leves como a própria leveza do seu correr! Ah se Torga soubesse o quanto o leu e, por ter lido, o quanto sonhou esses sonhos atrás e se achou para lá, nas terras de Miguel, avistado da galafura e escrito em poemas que perdurariam para a eternidade. mas não! tudo são sonhos! nada mais...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

the non happy ending love story



"There's no more life,
there's not"
  
"There's no more life,
there's not"
  
"There's no more rain,
there's not"
  
"There's no more breeze,
there's not..."
  
The sky is crying for Olimpia.
  
And so am I.
  
"There's no more crying,
there's not"
  
"There's no more fear,
there's not..."
  
What have I done?
What have I done?
  
"Take me there"
  
"To where you are"
  
"Take me there"
  
"Take me there"
  
"To where you are"
  
"Take me there."

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

ignoto

Alone In Kyoto by Air on Grooveshark

A pouco e pouco tudo era luz... e no estímulo mais luz se fazia na minha ideia! A coisa corria bem e eu gostava! Arrotava e alguém ria... sentenciava e alguém pontuava a frase com um ponto de exclamação e, mais ainda, alguém exclamava na circunstância da reação! A confiança aumentava. As palmadas nas costas eram constantes e eu já nem as identificava.
Por fim tudo era luz... e na imensidão de clareza havia uma que faltava... a minha! Era a luz dos outros que me cegava e iluminava o meu espaço e me provocava esse autismo que nos prepotentes se aconchega.
No fim lá estava a luz... tudo continuava iluminado mas o foco não era eu! Eram os que me circundavam que tinham ganhado luz própria e a que me inundava mais não era do que a difusa que se lhes sobra.
E eu continuava àquela luz... no meio do caminho... preocupado em agradar sem ver a quem e, de repente, não agradava ninguém!
Fiquei por lá, à luz, perdido no imenso clarão... Um completo ser, riquíssimo na minha forma de ver, mas anónimo, na multidão!

sábado, 7 de dezembro de 2013

sentir


dizes que o poeta
pela sua escrita
é um sofredor
outros que o poeta,
sentença maldita
é um fingidor.
em que ficamos então,
se esta comandita
tem discurso agressor?
Achas que o profeta
pela sua dita
é um inventor?
e o atleta
pela sua fita
um enganador?
será na circunstância
por erro de abundância
um individuo abusador!
Mas não o poeta
que não é profeta
nem o artista.
já o absolutista
por inerência
e incongruência
pode ser condenado,
morte ao culpado
por enganar o povo
sem trazer nada de novo
na melhor ocasião.
mas nunca o Poeta
que vive da escrita
não pelo lucro da dita
mas porque é ela o seu pão!

José Eduardo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

logo que passe a alucinação

Logo que Passe a Monção by Rui Veloso on Grooveshark

Comprei um barquinho para me levar
o casco quebrou
e já não me levou
e não encontrei com que remediar.
Pedi a uma gaivota que me mostrasse  mar
mas ela exigia
uma certa quantia
coisa que eu não podia pagar.
Tentei encontrar outra solução
e lancei-me a nado
desde a foz do Sado
a corrente me arrastou de volta ao pontão.
Marquei a passagem de avião ao Brasil
mas as nuvens do céu
escuras como breu
taparam a vista de forma nada subtil,
e eu dei por mim a distâncias mil...
Para regressar fui pedinte na praça
arranjei camisa
furada da traça
e calça de ganga lisa
presa por uma baraça
abdiquei de comer
mas não sem beber
mas a saudade não deixa esquecer.
Num velho navio arranjei trabalho
numa cozinha a tresandar a alho
dois meses no mar
como um bandalho
barba crescida
ambição reprimida.
Chegado à terra
olhei o oceano
pois tinha pavor a este povo ufano
lá para o Restelo
cruzei-me com um velho
nada camelo
a coçar o guedelho
Contei-lhe esta minha ambição
e o raio do velho chamou-me cabrão
- Cabrão o quê? - retorqui eu...
- Então não tiveste o mar todo na mão
vindo de barco até à nação?
Ah velho vadio
personagem sombrio
que me vens tu ensinar?
tu que paraste em frente ao rio
nada percebes do mar!!!

José Eduardo

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

poema às três pancadas

farto de voar by B Fachada on Grooveshark
.
Caí...
e no momento seguinte me levantei
ergui a cabeça
olhei em redor
com pressa
e logo logo recomecei

Caí...
e assim que caí em nada mais pensei senão na vergonha que iria sentir.
ergui a cabeça
olhei em redor
com pressa
não fosse alguém por ali notar que a minha vaidade se estava a partir

Caí...
e nesse momento
no exato em que me precipitei ao chão
duro como pedra
era pedra
sem que tivesse tempo
de amparar com a mão
pensei no agora
em como estaria a mentir
a dizer que logo havia de me erguer
olhar em redor
com pressa
e o medo que alguém estivesse a ver

Caí...
e toda a gente viu
e da minha triste figura
pisado
borrado
toda a gente riu, e eu
zangado
amuado
sisudo
beiçudo
fugi...
e fui chorar para longe dali!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

arise

Ballade pour Adeline (Piano Solo) by Various on Grooveshark
Sê diferente...
não precisas ser belo
ou forte
apenas genuino,
fintar o destino
e a morte.

Sê único
distingue-te dos normais
sê louco
sê de tudo um pouco
vai mais adiante
coleciona "ais"!

Vive
sorri
chora...
demora...
e quando chegar a hora
saberás que foi escolha tua
essa vida nua
sem enganos
momentos profanos,
e a felicidade
nunca eterna
mas sempre serena
de genuina...

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Agreste


Arre diabo que me carregas a vida com trabalhos,
e enches o meu espaço com cheiro a mofo e alhos;
Arre gatuno que me prendes a esta terra sem horizonte,
onde o que se vê da janela é só roça e algum monte;
Arre bicho que me negas a viver lá na cidade,
e me afastas sequer o pecar pela vaidade;
Oh negro, oh verme de cornos na ciência,
que me seguras aqui, preso na demência;
Arre Cão
que de sarna não morre
Verme de chão
que sem pernas não corre
Arre Tu, ó Belzebu
que me tolhes a esperança
desde criança...
Vai mas é levar no cu!

domingo, 11 de agosto de 2013

Jolene

Como este mundo seria tão melhor se as pessoas que cantam bem se limitassem a isso, cantar bem!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013


O Galo de Barcelos foi ao espaço!

sábado, 27 de julho de 2013

Even if you’re not, pretend to be

“Be brave. Even if you’re not, pretend to be. No one can tell the difference. Don’t allow the phone to interrupt important moments. It’s there for your convenience, not the callers. Don’t be afraid to go out on a limb. That’s where the fruit is. Don’t burn bridges. You’ll be surprised how many times you have to cross the same river. Don’t forget, a person’s greatest emotional need is to feel appreciated. Don’t major in minor things. Don’t say you don’t have enough time. You have exactly the same number of hours per day that were given to Pasteur, Michaelangelo, Mother Teresa, Helen Keller, Leonardo Da Vinci, Thomas Jefferson, and Albert Einstein. Don’t spread yourself too thin. Learn to say no politely and quickly. Don’t use time or words carelessly. Neither can be retrieved. Don’t waste time grieving over past mistakes Learn from them and move on. Every person needs to have their moment in the sun, when they raise their arms in victory, knowing that on this day, at his hour, they were at their very best. Get your priorities straight. No one ever said on his death bed, ‘Gee, if I’d only spent more time at the office’. Give people a second chance, but not a third. Judge your success by the degree that you’re enjoying peace, health and love. Learn to listen. Opportunity sometimes knocks very softly. Leave everything a little better than you found it. Live your life as an exclamation, not an explanation. Loosen up. Relax. Except for rare life and death matters, nothing is as important as it first seems. Never cut what can be untied. Never overestimate your power to change others. Never underestimate your power to change yourself. Remember that overnight success usually takes about fifteen years. Remember that winners do what losers don’t want to do. Seek opportunity, not security. A boat in harbor is safe, but in time its bottom will rot out. Spend less time worrying who’s right, more time deciding what’s right. Stop blaming others. Take responsibility for every area of your life. Success is getting what you want. Happiness is liking what you get. The importance of winning is not what we get from it, but what we become because of it. When facing a difficult task, act as though it’s impossible to fail.”

Jackson Brown Jr.

...da luta de classes

(...)
Devíamos, neste alvorar do século XXI, passar uma boa parte do dia a falar de amor, paixão, gastronomia e vinho, arte, música e literatura, desejo e euforia, onde se dança, uma nova tasca imperdível, devíamos contar as gargalhadas e sorrisos, pensar em como garantir todos os jantares com os amigos, todos os abraços aos filhos.
Temos pouco tempo para viver, é preciso dizê-lo. E corremos o risco, se não for agora que tomamos a vida nas mãos, de ficarmos num estado animal, acossados, limitados à ansiedade com a sobrevivência – esse é o significado desta regressão social.
(...)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

João Grande, de uma obra ainda sem nome.


Em vias de incrementar o esforço por voltar à escrita... Na verdade, gostava de terminar este projeto! Fica aqui um cheirinho!!!



(...)

João, filho de lavradores, gostava de Aida…
João era um rapaz crescido e, por toda a sua vivência, havia já experimentado gostar de muitas raparigas. Porém, desde há uns tempos que achava diferente o sentimento que dedicava àquela pequena que, ainda há pouco, deixara de ser criança.
Não havia dia que passasse sem que João se convencesse a si mesmo de que aquele não era um gostar qualquer, era especial… Era um gostar que lhe apertava a garganta a cada vez que a via no quintal ao passar para as várzeas… Era um gostar que fazia com que sentisse ciúme de todos aqueles marmanjos que rondavam a azenha da várzea em adulação aos atributos físicos da pequena… Era um gostar que o levava a adorar a beleza angelical inerente à idade da pequena e não tanto a opulência do seu peito… Era um gostar  que o fazia ter mais gosto no cultivo das várzeas do que das Searas, esquisito num agricultor exemplar…
Era um gostar… um gostar especial que João tinha a certeza ser o único homem, no mundo, a sentir… Era um gostar que doía, e doía cada vez mais por pensar que a garota nem o olhava, ainda que, a cada vez que passava, se empenhasse num cumprimento de voz trémula a que ela respondia seca e aparentemente sem interesse.
João era filho único e os pais, lavradores desenrascados, sonhavam grande futuro para o rapaz. Talvez por isso o tenham mandado para o Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, em Braga, de influência Jesuíta que lhe viria a proporcionar uma riqueza cultural invejável mas que João, incompreensivelmente, apenas revelava nas noites de embriaguês coletiva da taberna do adro. Porém, para grande pesar de seus pais, João fora apanhado no flagrante dado a uma investida organizada pela maior parte dos seminaristas a uma casa boémia em Dume, execrável maldição para a terra de Martinho da Panóia, esse santo bispo vindo da Hungria para doutrinar o povo minhoto, que a Igreja decretou santo e cujo epitáfio sepulcral autorredigido costumava ser perversamente adulterado em cânticos de bebedeira pelos seminaristas que acorriam à casa boémia de dume. Muitos contaram também, ainda que o autor nunca tal tenha visto e como tal não possa garantir, que havia sido desenvolvida pelos alunos do seminário maior uma versão de “Pro Repellenda Iactantia”1, essa obra primeira do santo da Panóia que defendia a supressão da bazófia fundada por leis de moral, versão essa que, adquirindo título de encadernação à socapa, gozava honras de catecismo junto dos alunos do seminário menor, o da Nossa Senhora da Conceição.
Assim, João, que estes caminhos e os outros conhecia de cor, viria a ser apanhado na hora da rusga encomendada, não a beber o vinho tinto em taças transbordantes como todos os outros, nem a cantarolar ofensas à cobarde fuga dos bispos bracarenses para Lugo durante a invasão muçulmana, em versos de rima duvidosa que alguns dominavam. Como sempre, era a petulante Joana que o chamava à casa de Dume, que tinha o descaramento de usar um majestoso crucifixo sobre a oponência do peito generosamente descoberto. Nessa noite de suposta ida ao cinema, João seria apanhado de surpresa sobre o suculento corpo da Joana enquanto esta se empenhava em veemências de queixume acerca da generosidade do rapaz no que a tamanho se refere. Este íntimo pormenor de ocasião havia de passar entre os guardas, ganhando legitimamente o epíteto de boca de caserna até, por particularidades de relacionamentos familiares ou camaradagem entre os membros de ambos os lados, chegar aos corredores do dormitório do seminário Conciliar e entranhar-se em João, complementando-lhe para toda a vida o nome próprio com que havia sido batizado em S. Julião.
Deixemo-nos de bisbilhotices – que curiosidade do leitor aguça o vício do autor – e passemos à narração da sucessão de acontecimentos a partir daqui. Curiosamente – ou talvez não, pelo cedo que era – João sería o único a ser apanhado com a boca na botija, estranha metáfora que, nem eufémica ou disfémica, levará o leitor a  sentenciar a ligeireza do autor por óbvia constatação de que talvez todos, à exceção de João, estariam, àquela hora, a usar a boca, veículo único conhecido para receber o tal néctar dos deuses ou sangue do diabo, conforme o variar da perspectiva, e o coitado do rapaz, por lhe ter faltado a paciência ou ter-se rendido à líbido juvenil, estaria já empenhando outra ferramenta que não a cavidade bucal.
Ponhamos a perversidade de parte para explicar que, perante a particularidade da contagem e atribuição de culpa ou pecado, fácil terá sido por se tratar de um único rapaz, para a reitoria do seminário, aplicar exemplar castigo e aviso aos demais. Chamados os pais a Braga, sequiosos de pranto estes bispos, não foram sequer capazes de esconder ao humilde casal o verdadeiro motivo do castigo. Valeu ao rapaz ter um pai compreensivo e pouco amante desta gente que teima em vestir saias e dar a mão a beijar. O Velhote apenas queria ver o rapaz formado, não o queria ver padre. Não deixou de passar ao filho o solene raspanete mas acordou com a esposa que o assunto morreria ali e jamais a aldeia haveria de descobrir que não foi a consciência do rapaz a ditar que não serviria condignamente os preceitos da santidade e inerente desistência do estudo. Já não se sabe é como a “nobiliária” alcunha chegou chegou à terra, a verdade é que João grande seria para sempre, em S.Julião como em Braga, ainda que na primeira se desconhecesse o real motivo e  ignorantemente se presumisse inerente à estatura do moço.
E foi assim que João Grande passou ao lado de uma vida diferente. Espiritual e espirituosamente rico, o rapaz agora homem optou por se dedicar a alegremente sorver a pacatez da aldeia e a desenvolver a cultura das terras dos pais com sagacidade mas sem inovação.

E assim, pacato era também o amor que dedicava à pequena de seios fartos que crescia por entre os paúis junto ao rio. Não raras vezes a viu refrescar-se nas frias águas que rodeavam a azenha, isenta de pudores por se julgar só, e dava por si a recriminar a imaginação que lhe sugeria parecenças com Joana, a moça libertina da casa de Dume. Não, Aida era pura, era jovem, seria certamente virgem e carinhosa por inerência da idade. Aida era linda, mas não era sua.
(...)

as sete mulheres do minho by Segue-me a Capela on Grooveshark AS SETE MULHERES DO MINHO by José Afonso on Grooveshark

terça-feira, 16 de julho de 2013

pré-conceitos!

Ave negra,
que não te calas...
Ave rara,
de nenhumas falas...
Ave fraca,
mas tagarela...
Ave forte sem dar por ela

Melro gordo,
lá do quintal...
Pequeno pisco,
do choupal...
Um do outro a sorte invejam,
Sabem lá o que pedem
quanto almejam!

Moço sujo
e calejado
lá do campo
transpirado...
Rapaz fino
bem vestido
desinibido
e ainda menino
o primeiro que deseja
a vida do outro
salvo seja!!!
...e o segundo
que desdenha
a rudez de quem a tenha
pequeno parvo
que não vê
que o que tem à sua mercê
jamais superará
a saúde daquele
o que não lê.

domingo, 14 de julho de 2013

Lia Ices... novo "vício"!

sábado, 29 de junho de 2013

Viagem ao princípio do mundo, Pedro Macau


Há uns anos, não muitos, vi este filme de Manoel de Oliveira na RTP2 e fiquei sempre com ganas de percorrer esta estrada (o Minho tem este estranho efeito em mim). Viagem ao início do mundo retrata o regresso a trabalho de um realizador Francês, filho de emigrantes Portugueses, à sua terra natal cuja delimitação se vai apresentando de Valença a Melgaço ou Monção. A determinada altura, o elenco passa por uma zona em que o protagonista recordava uma estatueta numa casa à beira da estrada cujo nome, não sei porquê, se me ficou como "Zé do Pau". Pois não era... Era Pedro Macau e hoje descobri tudo. 
Fica a promessa de por lá passar, quem sabe não já mas um dia mais tarde com a Valentina pelo seu pé!

No vídeo abaixo a partir dos 3:15min:



"Eu sou o Pedro Macau,
E às costas tenho um pau,
E vejo de riba do portal,
Passar por aqui muito galego,
Uns de focinho branco,
Outros, de focinho negro.
E todos vêm meu mal
Ninguem me tira deste degredo.

Nem Don Alcaide das Nieves,
Que por ser um bom rapaz,
Só queimado em água rás
Anda de Penedo em penedo,
A tremer cheio de baba,
Como burra de Don Braz,
À espera de cevada."

"Ó Macau lobo-cerval,
Anda ver o teu retrato
aqui em riba do portal!
Tens a cara dum mulato
E, sendo assim tão guapo,
anda à porreira, anda cá,
Comeste por rã um sapo.
Anda à Porreira anda cá,
Vem que aqui também os há.
Anda ver biltre se gostas.
(Joelho em terra, à caçador)
De levar a trave às costas
Como o mais vil malfeitor!
E aqui em Riba de Mouro,
Estás preso e bem seguro!"
— Francisco Luís Barreiros

sábado, 15 de junho de 2013

sons de sempre


Por vezes, cá por casa, voltam a ouvir-se os sons que nos fazem sentir bem...



Te echo de menos, le digo al aire
te busco, te pienso, te siento y siento
que como tú no habrá nadie
y aquí te espero, con mi cajita de la vida
cansada, a oscuras, con miedo
y este frío, nadie me lo quita.

Tengo razones, para buscarte
tengo necesidad de verte, de oírte, de hablarte.
Tengo razones, para esperarte
porque no creo que haya en el mundo nadie más a quien ame.
Tengo razones, razones de sobra
para pedirle al viento que vuelvas
aunque sea como una sombra.
Tengo razones, para no quererte olvidar
porque el trocito de felicidad fuiste tú quien me lo dio a probar.

El aire huele a ti. Mi casa se cae porque no estás aquí.
Mis sábanas, mi pelo, mi ropa te buscan a ti.
Mis pies son como de cartón
que voy arrastrando por cada rincón.
Mi cama se hace fría y gigante
y en ella me pierdo yo.
Mi casa se vuelve a caer,
mis flores se mueren de pena,
mis lagrimas son charquitos
que caen a mis pies.
Te mando besos de agua
que hagan un hueco en tu calma,
te mando besos de agua
pa' que bañen tu cuerpo y tu alma.
Te mando besos de agua
para que curen tus heridas,
te mando besos de agua
de esos con los que tanto te reías.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quando a noite já ia serena

Nenhum outro escreve tão bem aquilo que me apetece dizer e não sei!!!
Sebastião Antunes, quem mais?

sábado, 30 de março de 2013

vibrações

sábado, 23 de março de 2013

Emmanuel


Por Chris Botti (feat. Caroline Campbell)



quinta-feira, 21 de março de 2013

Para Valentina

Oblivion by Chris Botti featuring Caroline Campbell on Grooveshark

Parte de mim
agora solta
com vida
em redor deste meu mundo
à volta
a chama acendida

chama essa que alegra
o futuro dos meus dias
outrora cinzentos
agora claros
de alegrias
ideias e atos
nunca mais alvacentos

Pequeno ser
meu grande bem
personificado
meu novo credo
que me prende e tem
de novo
apaixonado

e é esse negro olhar
belo, inocente e pequenino
dedicado e forte
a perscrutar
que me arrebatou coração e tino
novamente menino
e o prazer de te olhar!

Parte de mim
mas não apenas e só...
somos assim
agora
força nascida de quem se adora
de quem se ama de outra forma
sem regra nem dó!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Lykke Li

Já aqui tinha abordado antes o som desta menina! Pois cá fica um pouco mais...

"A A FOLLOOOO
A FOLLO IUU
DIPSI BEIBIIIII
A FOLLO IUUUU!!!!"

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tudo, depois de nada!


Tudo passa... 
Tudo vem,
vai,
nada fica,
nada cai.
aqui
tudo muda,
entra,
sai,
a orelha vai para surda
e o cabelo cai...
tudo cresce,
morre,
nasce,
pára,
corre...

até chegar a ti
depois do mar

Tudo se apaga...
até os sulcos mais fundos 
da unha 
que esgravata a alma
tudo se esvai
depois do choro
do riso
da dança
depois de tudo isso
sempre acalma
e descansa...

até chegar a ti
depois do mar

Tudo é feio
ainda que belo,
tudo cai
e perde
o motivo,
o recreio...
Tudo cansa,
mesmo que o prazer,
a recompensa,
o horizonte
te faça prolongar a dança

mas só até ti
depois do mar

Tudo me remete para lá
o interno
o pensamento
o inferno
o alento
o turbilhão
de sentimento...
tudo me doi
e me faz refugiar
no que me alegra
me compreende
acalenta
afaga
sustenta
e apaga

até que chegue a TI

...em vez do mar!

José Eduardo