domingo, 6 de março de 2016

entre-os-rios


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Eliana tinha 23 anos. Era domingo e estava em casa com a mãe e a irmã, Adélia, de 14. O pai via o jogo do Benfica na casa de um primo. O irmão, Hélder, motorista de autocarro, tinha ido trabalhar. De repente, a campainha toca. Era um vizinho a avisar que a ponte tinha caído. Eliana sai em busca do pai, que recebe a notícia com uma certeza: “Foi o Hélder”. Passados 15 anos, o quarto do irmão está intacto: a roupa pendurada nos cabides, a agenda com os serviços marcados. Os pais de Eliana dormem todas as noites no quarto do filho, desde a primeira em que Hélder faltou.
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