(...) "O génio justiceiro e prudente de Maria obscurecia-se, os seus ralhos perdiam a autoridade ante a presença calma, quase indolente e que dava a impressão duma reservada e perigosa força, daquele homenzinho que patriarcalmente presidia à ceia e a quem os melhores bocados eram oferecidos num prato à parte, como num ritual, e que ele rejeitava sempre, quase com o pudor de se ver distinguido, se bem que outros costumes nunca os pudesse admitir. Gostava de distribuir pelos filhos a sua ração especial, mas só depois de ter tido ocasião de a recusar." (...)
.in: A sibila, de Agustina Bessa Luis
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