segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

(38ª vociferação) estranho amor...



Dependo de ti…
Não pelo muito que possas ter para me oferecer mas pelo pouco que de ti aprendi a roubar.

Preso a ti…
Não porque o nó com que me ataste seja de dificil rescisão mas porque eu próprio receio desatar-me.

Chegado a ti…
Nunca pelo teu constante hábito de me abraçar mas porque, na minha mesquinhez, me tornei adito ao teu dia a dia.

Contra ti…
Por constantemente te atravessares no meu caminho? Pelas interrupções de raciocínio a que sempre me obrigas na tua exageradíssima procura de carinho? Não, apenas porque te sou intolerante nas pequenas falas que, tal como eu, possas cometer.

Viciado em ti…
menos por depender daquilo que possas ter de bom, mas muito mais porque bebo nos teus defeitos a minha criatividade.

Apaixonado!
assim estou, envolto no estranho conceito de paixão que, juntos, ideáramos!


Estranho aos demais





José Eduardo
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1 comentário:

Anónimo disse...

E assim se escreve sobre o amor, como se adivinhasses o que penso desta fase que atravesso... porque eu próprio estou a viver um "Estranho amor".
E as tuas palavras, além de perfeitas, são feitas para alguém perfeito.
JLC