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Alguns deputados da direita parlamentar Portuguesa começam a apontar o dedo à proposta de Lei que será amanhã apresentada à discussão pelo governo visando a legalização dos casamentos entre indivíduos do mesmo sexo. Esse apontar de dedo assenta em argumentos de que a forma encontrada para impedir a adopção por parte dos referidos indivíduos, incluindo um artigo discriminatório na lei do casamento, nada mais é do que um preparar terreno para que num futuro próximo o referido artigo seja avaliado pela sua inconstitucionalidade e simplesmente removido.
Ora, confesso que não me tinha passado tal pela cabeça mas... A ser verdade, acho puramente genial!!! Se este é o caminho para lutar contra a tacanhez generalizada do povo do meu país, então há que segui-lo sem olhar para trás.
Tenho lido, ao longo dos últimos meses, muitas argumentações de ambas as partes e, embora confessando que jamais mudaria de opinião neste assunto, muitos escritos contra tenho assimilado e, dessa forma, tenho sentido vergonha extrema pelo pensamento de Portugal. É deveras impressionante a facilidade com que se tem contrariado a boa vontade da lei que se antevê simplesmente assentando opiniões em discriminação homofóbica que vai chegando pelo método de histeria parva e abdicando de argumentação. É a velha história do direito natural ou instituído que muitos não ousam questionar! Neste caso da jogada política que se aponta ao governo, é curioso ver como o argumento apresentado é precisamente o que deveria legitimar a lei ou seja, a inconstitucionalidade da discriminação. Ao preverem a queda do artigo que impede a adopção por tal motivo, não questionando esse mesmo motivo, estão a legitimá-lo...
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